O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), Fábio Branco, lançou nesta terça-feira (28) o Programa Desenvolve RS, que busca criar uma base de potenciais fornecedores de produtos e serviços que atendam às demandas dos investidores no Rio Grande do Sul. O lançamento foi feito na Fiergs, em Porto Alegre, justamente durante evento de apresentação de oportunidades de negócios para o empreendimento da Usina Termelétrica da Bolognesi Energia, em Rio Grande, e que envolve investimentos em torno de R$ 3,3 bilhões. O Desenvolve RS, sob a coordenação da Sdect, visa a promover rodadas de negócios entre fornecedores gaúchos e empreendimentos que estiverem se instalando no Estado. “Nesse sentido é importante salientar que a ação efetivada pelo Desenvolve RS não significa reserva de mercado, mas sim atendimento com qualidade e justiça, oportunizando a valorização das empresas regionais, bem como a geração de emprego e renda para o desenvolvimento das 24 regiões do Estado”, destaca. A apresentação do Projeto de Regaseificação a ser implementado pela Bolognesi em Rio Grande deve permitir que empresas da região participem ativamente da implantação da usina. O empreendimento tem capacidade contratada de 1.238 MW e compromisso de iniciar a entrega de energia até janeiro de 2019. Durante a construção, seriam gerados cerca de 2.400 empregos diretos e a operação necessitaria de pelo menos 500 pessoas. De acordo com o prefeito do município, Alexandre Lindenmeyer, além dos postos de emprego diretos, este e outros empreendimentos previstos na cidade devem movimentar ainda toda a rede de serviços. “Entendemos que, apesar do cenário desfavorável de crise, estamos buscando alternativas de novos empreendimentos”, destaca. O prefeito destaca ainda que há previsão, além da usina, de um terminal de estocagem e regaseificação de GNL e um gasoduto ligando Rio Grande a Triunfo, na Região Metropolitana. Pelo caminho, haveriam gates de distribuição do gás em municípios como Pelotas, São Lourenço e Guaíba, o que reduziria custos. “A construção da termelétrica é uma oportunidade extraordinária, mas é importante destacar que o gás barateia outras atividades e isso certamente vai viabilizar também outras economias”, projeta. O processo de regaseificação consiste em transformar o gás, transportado no estado líquido para ocupar menos espaço, para seu estado gasoso novamente. Outros acordos No evento, também foi assinado o Acordo de Cooperação do Programa Desenvolve RS pelos representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia(Sdect), da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), da Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (Abimaq), da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS), do RS Óleo e Gás e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS). O presidente da CMPC – Celulose Riograndense, Walter Lídio, que na oportunidade apresentou o case da unidade do grupo chileno no RS, defende que a implantação do projeto da CMPC contou com os serviços de fornecedores locais e foi exitosa, e não custou mais para a empresa. A unidade, sediada em Guaíba, está investindo mais de R$ 5 bilhões na expansão de sua fábrica. Divididos em três grandes áreas: industrial, florestal e infraestrutura, o projeto irá aumentar em mais de três vezes a capacidade de produção da unidade. A nova fábrica demandou a contratação de empresas locais, gerando mais desenvolvimento, negócios, impostos, empregos e melhores condições de vida em toda a região. Foram oportunizados mais de sete mil postos de trabalho diretos e 17.100 indiretos para a plena atividade da planta.Por: Vinícius WaltzerDiário Popular
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