A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidirá, dentro de 90 dias, se a Usina Termelétrica (UTE) Rio Grande será instalada na cidade. O motivo estaria relacionado com o cumprimento dos prazos de instalação do projeto. Conforme informações da Aneel, uma intimação já foi encaminhada para a empresa. “A Aneel já enviou termo de intimação para a Bolognesi, e a empresa já encaminhou a defesa. O assunto aguarda deliberação da diretoria, que tem o prazo de até 90 dias para colocar o processo em votação”, diz nota encaminhada ao jornal Agora pela assessoria de imprensa da Aneel. Além disso, a Aneel decidirá, também, sobre a instalação ou não da UTE Novo Tempo, prevista para ser instalada em Pernambuco. A Bolognesi, através da assessoria de imprensa, informou que encontra-se em fase de conclusão de negociações com as distribuidoras de energia. “O processo iniciado pela Aneel, por meio do Termo de Intimação, está no rito regulatório normal e baseado na premissa de que as UTEs deveriam iniciar a operação comercial em janeiro de 2019. Entretanto, as UTEs Novo Tempo e Rio Grande estão concluindo as negociações com as Distribuidoras de Energia, para que os respectivos contratos tenham seu início postergado para janeiro de 2021. A negociação está baseada na Resolução Normativa 711/2016 da Aneel e também atende aos interesses das distribuidoras, para reduzir a sobrecontratação de energia”, consta em parte da nota encaminhada pela empresa. A Bolognesi, por meio da assessoria, esclareceu que “mais de 89% dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEARs) já foram renegociados com as distribuidoras, sendo 65% formalizados junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”. Segundo a assessoria da empresa, todo o processo está de acordo com a data de início de suprimento. “É importante ressaltar que todo o processo relativo à implantação está compatível com a nova data de início de suprimento; que as garantias foram aportadas; que os CCEARs foram assinados; que os contratos de suprimento de gás foram formalizados; os licenciamentos ambientais estão em fase final; as questões fundiárias estão resolvidas e os contratos de construção (EPC) firmados. Além disso, o retorno à estabilidade econômica do País permite a retomada dos financiamentos dos projetos em condições semelhantes àquelas de novembro de 2014”, destaca a assessoria. Por fim, a nota encaminhada pela representação da Bolognesi Energia afirma que os dois projetos, tanto do Rio Grande quanto de Novo Tempo, são de extrema importância para o País pelos seguintes motivos: “Garantia de suprimento de energia de forma confiável (independentemente do clima) e a baixo custo, assegurando a geração das fontes limpas e intermitentes (eólica/solar); Alternativa regional de suprimento de gás natural, funcionando como um catalisador de desenvolvimento local; Geração de empregos para regiões que sofreram muito com a desmobilização de obras em estaleiros e refinarias; Contribuição substancial na redução da emissão de CO2, uma vez que estas térmicas estarão retirando do despacho térmicas antigas e ineficientes” Dados A previsão é que a Usina Termelétrica do Rio Grande terá 1.238 MW de potência, o equivalente a cerca de 5% da capacidade instalada da Usina de Itaipu. O projeto, de R$ 3,3 bilhões, contempla, além de uma usina termelétrica de energia movida a gás, a instalação do terminal de estocagem e regaseificação de GNL e o gasoduto Rio Grande-Triunfo, com extensão de 131 quilômetros. Conforme informações fornecidas por representantes da Bolognesi em outra ocasião, existe um projeto para atender as empresas do Distrito Industrial (empresas que venham a se instalar e as que quiserem mudar sua matriz energética). Com relação ao gasoduto Rio Grande-Triunfo, o projeto, de acordo com os representantes da empresa, prevê pontos estratégicos para distribuição de gás, que poderá beneficiar Pelotas, São Lourenço do Sul, Camaquã, Tapes e Triunfo. Por Aline Rodrigues
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