Existe uma promessa de duplicação dos nove primeiros quilômetros da BR-392, na área industrial e portuária do Rio Grande, o chamado lote 4. A intervenção fazia parte das obras de duplicação do trecho entre os municípios de Rio Grande e Pelotas. Mais do que uma promessa, era uma garantia do governo federal de uma obra tão sonhada por rio-grandinos que enfrentam o congestionamento diário, ao se deslocarem para o Cassino, pelos trabalhadores da Barra, pela logística do Porto, que precisa receber suas cargas que chegam de caminhão, e pelos próprios caminhoneiros, que têm como única opção, para chegar aos terminais portuários, um trecho engarrafado, estreito e sem iluminação. Sem falar no difícil acesso aos locais de carga e descarga. Infelizmente, ainda não há previsão para o tão esperado empreendimento. Financiada com R$ 350 milhões, oriundos do Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC), a obra entre os dois municípios teve início em 2009 e está pronta há mais de ano, com exceção da duplicação do lote 4, que ainda não chegou a ser licitado. O projeto prevê a construção de viadutos nos quilômetros 3,7 (próximo à Transpetro), 6 (próximo ao ERG 2) e 8,9, no entroncamento da Termasa/Tergrasa. Da ponte dos Franceses em direção ao Porto Novo, está prevista a construção de uma nova faixa à direita margeando o bairro Santa Tereza. Entretanto, a unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) informou que finalizou, no início deste ano, os estudos ambientais no trecho, mas, devido à situação econômica atual do governo, tudo está em compasso de espera. Quanto à iluminação e sinalização do trecho, o Dnit afirma que não é da sua competência, assim como Ecosul e Prefeitura Municipal também não se responsabilizam. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRE), foram registrados 58 acidentes no período de 1º de junho de 2015 até 31 de maio de 2016. Houve também uma morte. Sem falar nos assaltos. Só no último mês de abril, foram registradas várias ocorrências de veículos alvejados em tentativa de assalto, próximo à vila Mangueira, onde foram instaladas, pela PRF, placas para redução da velocidade, com a intenção de diminuir casos de atropelamento no local. Entretanto, conforme a informação da PRE, o trecho mais perigoso ainda é o quilômetro 5,7, na vila Santa Tereza, junto ao trevo, próximo à refinaria riograndense. Por Tatiane Fernandes [email protected]
- (53) 98405-3187
- [email protected]
- Praça Xavier Ferreira, 430