PETROBRÁS USA BOM SENSO E MANTÉM CONSTRUÇÃO DAS PLATAFORMAS P-75 E P-77 NO BRASIL

O bom senso prevaleceu e a Petrobrás decidiu suspender a decisão de mandar para a China as Plataformas P-75 e P-77, que estão sob a responsabilidade do Consórcio QGI. Há dez dias havia surgido uma luz no fim do túnel para um acordo entre a Petrobrás e o consórcio para que as plataformas ficassem no Brasil. Durante várias semanas foi tentado um acordo, que saiu finalmente nesta quinta-feira (2), mas ainda não temos outros detalhes da negociação.

Sabe-se que houve flexibilizações de parte a parte e surgiu, enfim, a possibilidade de entendimento, que pode salvar milhares de empregos para a cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O Consórcio QGI tentava um acordo desde fevereiro, quando decidiu parar a obra de construção das plataformas P-75 e P-77. O impasse entre a estatal e o QGI levou à rescisão do contrato para as obras no Estaleiro Honório Bicalho, provocando milhares de demissões.

A principal dificuldade no acordo entre as duas companhias tinha sido a exigência por parte da QGI de aditivos no contrato. Certamente chegou-se a um consenso. O prazo de conclusão do projeto também gerou discordância entre as duas partes. A P-75 deveria iniciar suas operações em 2016 e a P-77 no ano seguinte, mas o QGI busca programar ambas para 2017.

A Petrobrás estava ameaçando relicitar as plataformas e mandá-las para China. Se isso acontecesse, além de terminar de vez com milhares de postos de trabalho no Brasil, iria gerar também um enorme prejuízo para uma série de fornecedores, que assumiram compromissos, investiram em capacitação, na entrega de bens e serviços, mas não receberam completamente o que lhes é devido. A raiz do problema é a diferença que acontece entre o projeto básico e o projeto definitivo. Há meses o consórcio QGI e a Petrobrás vinham discutindo sobre ajustes e aditivos relacionados à questão para a continuidade das obras e um desfecho positivo foi alcançado.