Aconteceu nesta quarta-feira, 29 de maio, a 52ª reunião-almoço Tá em Pauta que recebeu o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Silveira. Ele abordou o panorama do mercado internacional com a Ásia. O evento contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado do Rio Grande do Sul, Ruy Irigaray.
O professor da Universidade Federal de Rio Grande, Paulo Drews, apresentou o evento Robótica que ocorrerá em outubro. Já o presidente da Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, Antônio Carlos Bacchieri Duarte abriu o evento observando que o agronegócio é o motor de desenvolvimento do Brasil e que o momento da presença do presidente da Farsul era muito oportuno pela relação regional da agricultura e pecuária na metade sul e sua importância econômica pra região.
O palestrante iniciou seu discurso falando da importância do mercado asiático para o Brasil. “Nós consumimos cultura americana. A televisão é cultura americana mas na hora do negócio nosso mundo é asiático”, afirmou Gedeão Pereira. Ele abordou ainda a questão política chinesa que tem um comunismo social e um capitalismo econômico. “Em 38 anos, Xangai mudou muito e enquanto estive lá vi as maiores concessionárias da Ferrari, por exemplo”.
“Dentro da China, os Estados Unidos tem mil funcionários na Embaixada. O Brasil tem 16 funcionários”, afirmou ele. Além disso, ele explicou que a China não conseguirá seguir sendo um país tão barato quanto é hoje tendo em vista o envelhecimento da população e o aumento das necessidades pessoais de seu povo. Ele apresentou ainda dados do enriquecimento do povo chinês que caiu de 29% de pobres em 2001 para 1% em 2017, com um aumento de 353% da classe média no mesmo período.
Para ele, existem muitas oportunidades para o agronegócio tendo em vista o aumento populacional, expansão da classe média e maior quantidade de pessoas adultas no país asiático. “O que está acontecendo na China é a falta de carne e eles precisam e vão precisar do Brasil”, afirmou. O presidente da Farsul mostrou que o consumo mundial de alimentos em 2026 deverá ser de 457 milhões de toneladas de grãos. “Os jovens precisam conhecer o mandarim porque o crescimento do mundo está lá”, salientou. Por fim, reforçou a necessidade de o Brasil olhar menos para a Europa e mais para a Ásia porque o futuro do Brasil está lá e o deles como futuro nutricional está aqui”, concluiu.
Jornalista André Zenobini – AZ Comunicação