Os olhos de Rio Grande estão voltados nesta quinta-feira (10) para o Rio de Janeiro. Uma reunião entre a Petrobras e o Consórcio AGI Brasil deve definir o futuro dos contratos para construção das plataformas P-75 e P-77. A expectativa está sobre a continuidade dos dois projetos no Polo Naval e a geração de milhares de empregos.
De acordo com o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), o encontro deveria ter ocorrido nesta quarta-feira. Mas o novo diretor de Engenharia da Petrobras, Roberto Moro, teria solicitado o adiamento para que a Comissão de Engenharia cuidasse dos últimos detalhes do projeto entre as empresas.
Segundo o prefeito, nesta quinta o setor possui oito mil empregados e em torno de nove mil desempregados. A construção das plataformas significaria alívio para a indústria naval e poderia gerar cerca de 2,5 mil empregos diretos e dois mil indiretos.
Até agora já são quatro meses de atraso. As duas plataformas estão destinadas ao campo de Búzios. A P-75 estava prevista para ser entregue em 2016, e a P-77 em 2017. Cada uma é projetada para produzir 150 mil barris diariamente.
O prefeito salienta que o possível fim dos projetos com o AGI não significa o “fim do polo naval”. “Mas precisamos preservar os projetos aqui.”
Na última segunda-feira lideranças rio-grandinas e nortenses estiveram reunidas com o diretor de Engenharia da Petrobras e um representante da AGI Brasil no Rio de Janeiro. Eles entregaram uma carta solicitando a defesa do Polo Naval.
No início da tarde desta quinta Lindenmeyer participa de encontro com presidentes e diretores da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e do Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (Sindimaq) em São Paulo. “Continuamos nos articulando em busca de alternativas para a preservação dos dois projetos.”
De acordo com o prefeito, o tema do encontro são as possíveis ações para manter a Política Nacional de Conteúdo Local e os contratos da P-75 e P-77. “Queremos apoio para defender a indústria naval junto ao governo federal e à Petrobras.”
O Diário Popular entrou em contato com a assessoria de imprensa da Petrobras, mas até o fechamento desta edição não houve retorno. Já o Consórcio AGI Brasil deve se manifestar somente após a reunião.