Em agosto a empresa DF, contratada pela Bolognesi Engeharia para coordenar as contratações e o relacionamento com fornecedores para a obra e operações da Usina Termelétrica, estará com escritório em Rio Grande. Além disso, a Câmara de Comércio aceitou sugestão para intermediar contatos entre fornecedores locais com a empresa e os interessados poderão procurar a secretária-executiva da entidade, Eloá Quevedo Hsu ou o secretário-executivo do Comitê de Desenvolvimento de Mercado, Ricardo Fares. Na tarde desta quinta-feira, 23, o presidente da Câmara de Comércio, Torquato Ribeiro Pontes Neto, apresentou aos diretores e associados os representantes do Grupo Bolognesi, responsável pelo projeto do terminal e da usina de regaseificação, e que recentemente venceu o leilão de energia viabilizando, assim, o empreendimento. Também estiveram presentes o prefeito Alexandre Lindenmeyer; o superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, e secretários municipais. O gerente de Execução de Projetos da UTE Rio Grande, André Castro, disse que em setembro iniciam os trabalhos de topografia, enquanto a terraplanagem da área acontecerá em dezembro “Tem tempo para as empresas locais se preparem e se qualificarem. Além da usina, existem contratações para linhas de transmissão, pier, gasoduto e outras”. Segundo ele, no pico da construção serão gerados 2.400 empregos diretos e outros mil para obras complementares. Quando estiver operação, serão 100 ou 125 pessoas, contratados diretos da Bolognesi e cerca de 350 trabalhadores de empresas terceirizadas.
A Usina Termelétrica de Rio Grande terá 1.238 MW de potência, o equivalente a cerca de 5% da capacidade instalada da Usina de Itaipu. O projeto de R$ 3,3 bilhões contempla, além de uma usina termelétrica de energia movida a gás, a instalação do terminal de estocagem e regaseificação de GNL e o gasoduto Rio Grande-Triunfo, com extensão de 131 quilômetros. Conforme os representantes da Bolognesi Engenharia, existe um projeto de atender as empresas do Distrito Industrial (empresas que venham a se instalar e as que quiserem mudar sua matriz energética). Com relação ao gasoduto Rio Grande-Triunfo, o projeto prevê pontos estratégicos para distribuição de gás que poderá beneficiar Pelotas, São Lourenço do Sul, Camaquã, Tapes e Triunfo. “Nossos empreendimentos privilegiam as empresas locais” O representante da Bolognesi Engenharia, Celso Silva, falou na importância de um canal de comunicação com a Câmara de Comércio e salientou que tanto a entidade, quanto o prefeito municipal, sempre apoiaram o projeto. “Nosso foco desde o início é buscar o empresário de Rio Grande e do estado”. Ele apresentou o diretor da empresa DF, do Rio de Janeiro, Miguel Enrique Wong, que será a responsável pela contratação de pessoal e de fornecedores locais para o empreendimento. “Nossa empresa tem certificações mínimas que exige, mas isso é bom para a cidade, porque quem não preencher os requisitos no momento irá buscar essa qualificação”, disse Wong. Já o diretor de Construção da Bolognesi, Ivan Garcia, que será o representante da empresa em Rio Grande, salientou que “todos os nossos empreendimentos privilegiam as empresas locais. A produção local, além disso, também reduz custos”. Empresa transfere planta de São Paulo O presidente da Câmara de Comércio, Torquato Pontes, também apresentou o vice-presidente da TNE Calderaria, empresa de São Paulo especializada em tubulações pesadas. Ele está transferindo a planta para Rio Grande em função dos projetos aqui previstos. Ricardo Feistauter elogiou a atuação do prefeito Alexandre Lindenmeyer na atração de empreendimentos e o envolvimento da Universidade do Rio Grande e da Câmara de Comércio. A empresa, que terá um dos maiores fornos de galvanização da América Latina, pretende gerar 450 empregos até janeiro ou fevereiro, mais 540 com a concretização da transferência da planta de São Paulo para cá. “Alavanca para o desenvolvimento” O secretário de Inovação, Desenvolvimento, Emprego e Renda, Jordano Marques, destacou que “o gás, junto com o Polo Naval, é um processo revolucionário na região. Energia é um fator determinante de custos e a indústria que já tivemos na região, como a cerâmica em Pelotas, poderá renascer com força. A mineração de São José do Norte e o gás são matéria-prima para tintas, porcelanato e outras. A Prefeitura de Rio Grande já está em contato com empresas desse ramo e a parte de nitrogenados da Yara Brasil poderá ser reprocessada em Rio Grande. Temos tudo para nos tornar num grande eixo industrial do Brasil”. O presidente da Câmara de Comércio, Torquato Pontes, acrescentou: “A termelétrica multiplica as oportunidades de Rio Grande. É uma alavanca para o desenvolvimento industrial de médio e longo prazo que fará com que voltemos à pujança do passado”. Ique de La Rocha
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