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A Câmara de Comércio de Rio Grande é a pioneira instituição do gênero no Rio Grande do Sul e a quarta do Brasil. Entidade atuante nos diversos movimentos empresariais da cidade, participante ativa da Aliança Rio Grande e dos Conselhos Municipais, representando seus associados junto aos governos municipal, estadual e federal, buscando o fortalecimento da classe empresarial.
Fundada em 26 de setembro de 1844, inicialmente como Praça do Comércio, depois tornou-se Associação Comercial e desde de 1919 mantém a denominação atual. A entidade de classe começou a surgir quando os comerciantes de Rio Grande se reuniram informalmente para dar um teatro à comunidade, o Sete de Setembro, inaugurado em 1832, e para melhorar as condições de atracação no Porto do Rio Grande com a importação de uma draga dos EUA. Na casa do comerciante Antônio Teixeira de Magalhães, à Rua do Peixe, depois Formosa (atual General Osório), foi assinada a ata de fundação, por 224 comerciantes entre pequenos e grandes proprietários e capitalistas, deram forma à entidade de representação da classe.
Congregar as pessoas físicas e jurídicas que exerçam atividade empresarial, empreendedora ou afim, em qualquer de suas modalidades econômicas, para a promoção e desenvolvimento sustentável do Município e Região.
Ser referência como Entidade de Classe, perante os poderes e autoridades constituídas, Entidades congêneres e comunidade em geral.
A defesa da livre iniciativa e dos interesses comuns da sociedade; o associativismo; a colaboração com o poder público na promoção do desenvolvimento econômico, cultural e social do município, estado e do país.
A Câmara de Comércio notabiliza-se por ações em parceria que visam o desenvolvimento econômico e social da comunidade. Citamos algumas ações de destaque em nossa história.
Mercado Municipal: comerciantes adquiriram ações para a construção do primeiro Mercado Público de Rio Grande. O capital foi obtido na praça por ações de 100$000(cemmil-réis); o mercado entrou em funcionamento em 1847, ainda que parcialmente, no mesmo local onde hoje se acha instalado, e foi reformado e ampliado após 1861.
Ferrovia Rio Grande-Bagé: para ligar regiões produtoras da província ao Porto do Rio Grande com transporte de carga e passageiros. A troca de correspondências entre a Casa e o Ministro da Agricultura Buarque de Macedo foi fundamental. A estrada de ferro foi inaugurada em 02 de dezembro de 1884.
Desobstrução da Barra e Porto novo do Rio Grande: a direção da Casa encaminhou estudos técnicos de especialistas com sugestões ao imperador Dom Pedro II, solicitando soluções. Implantada a República, continuaram as pressões junto ao governo federal para a assinatura dos contratos com a companhia Francesa, em 1908, na construção dos molhes da barra e do porto novo. As obras foram inauguradas em 1915.
Aviação comercial: apoio integral à linha aérea ligando Rio Grande a outras cidades. A Condor Syndikat, de Berlin, implantou a linha Porto Alegre-Rio Grande com escala em Pelotas, em fevereiro de 1927, repassando-a à Varig, no mesmo ano. O atual aeroporto de Rio Grande foi inaugurado em 1950.
Estradas de rodagem: ligando Rio Grande às cidades de Pelotas, Arroio Grande, Santa Vitória do Palmar/Chuí, nas décadas de 1930 a 40, pavimentadas posteriormente. A pavimentação da BR-101, trecho São José do Norte-Palmares do Sul, foi alcançada na década de 1990 com os esforços do ex-presidente da Casa, Denis Lawson. Também fazem parte das pautas permanentes da Casa, a ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte, a pavimentação da estrada e construção da ponte em Santa Isabel, e a duplicação da BR-116, trecho Rio Grande-Porto Alegre.
Ensino superior: como integrante da Fundação Cidade do Rio Grande desde 1953, a Câmara de Comércio foi uma das instituições que deram amplo apoio à implantação da Escola de Engenharia Industrial, em 1956; da Faculdade de Medicina, em 1966; e da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, em 1969.
Comunicação social: as repetidoras de TV porto-alegrenses, Piratini, em 1966, e Difusora, em 1971; e do transmissor da Rádio FurgFM, em 1988, foram possíveis porque a Câmara de Comércio cedeu o terraço do seu edifício, mediante convênio.
Polo naval Riograndino: quando o processo começou, em 2004, a Casa se colocou ao lado
das lideranças para sua implantação. Em 2007, sediamos o 1º Seminário do Polo Naval realizado durante a 11ª Festa do Mar, com o objetivo de debater e propor ações para a consolidação da indústria naval gaúcha. O protocolo de intenções da implantação do
estaleiro Rio Grande foi assinado na Câmara de Comércio.
Nesta data, no livro de Visitantes, constam as reais assinaturas de “Izabel, Condessa D’Eu, Princesa Imperial” e “Gastão D’Orleans, Conde D’Eu
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