Secretário Fábio Branco diz que áreas penhoradas no DIRG não inviabilizam instalação de empresas

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, afirmou durante reunião com a diretoria da Câmara de Comércio, nesta última sexta-feira, 11, que o fato de haverem áreas penhoradas no Distrito Industrial do Rio Grande (DIRG) não inviabiliza a instalação de empresas. O encontro foi coordenado pelo presidente da entidade de classe, Torquato Ribeiro Pontes Netto.Inicialmente, Branco lembrou que, como prefeito, pregava a municipalização do DIRG por entender que os lotes vendidos pelo Estado eram muito caros. “Acontece que naquela época não tinha mercado, mas hoje os lotes estão baratos, porque valorizaram muito”, observou.O Distrito Industrial é administrado e comercializado pelo Governo do Estado, através da SDECT, a exemplo de outros seis no interior do estado. A área de lotes é de 1.305 hectares (52,8% da área total de 2.474hectares). Possui uma área disponível de 664 hectares, enquanto a área negociada é de 641 hectares.As áreas penhoradas representam 16,4% do total e muitas delas são consideradas áreas nobres. Conforme o secretário, ele tem conversado com a família envolvida no impasse e as negociações estão evoluindo, com a possibilidade do Estado ceder outras áreas em troca da penhora. “O empreendedor interessado vai ser autorizado a se instalar. Não temos problema de liberar o empreendimento. A penhora não inviabiliza os empreendimentos. Quem quiser investir aqui, vai investir”. Ainda sobre o DIRG, Fábio Branco disse que os investimentos previstos para aquela área totalizam R$ 2,7 bilhões, com geração prevista de 590 empregos. O maior deles é o da Usina Termelétrica, que terá investimento de R$ 2,6 bilhões.Novidades O titular da SDECT foi muito questionado pelos diretores da Câmara de Comércio sobre os mais variados assuntos. Sobre a Usina Termelétrica do Grupo Bolognesi, informou que está sendo aguardado o licenciamento ambiental. Falou que o Estado tem feito obras para melhoria da infraestrutura do DIRG, sendo uma delas a ponte na via 7 sobre o arroio Bolaxa, que ligará o Distrito Industrial à ERS-734. Sobre sua atuação na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Branco salientou que, apesar da crise (Os gastos do Estado significam 122% da receita), “não perdemos nenhum investimento até agora”. Falou de sua viagem a países asiáticos, que resultou no Encontro Econômico Brasil-Japão que acontecerá m breve. “Nossa ida lá foi muito importante. Fomos o único estado brasileiro a ir ao Japão e eles valorizam muito esse tipo de atitude”, explicou.Fábio Branco destacou que uma de suas metas é transformar a Junta Comercial (Jucergs) numa das mais eficientes do país. Adiantou que está para ser assinada a Lei de Responsabilidades Estadual, “que será mais rígida que a Lei de Responsabilidade Fiscal”; que o licenciamento ambiental será agilizado, conforme tratativas de sua pasta com a do Meio Ambiente e que também será mudada a legislação referente à prevenção de incêndio no Rio Grande do Sul.(Ique)