Yara quer participação das empresas e mão de obra locais nas obras de ampliação

O auditório da Câmara de Comércio lotou no final da tarde desta última segunda-feira, 1º de agosto, quando a Yara Brasil apresentou o seu projeto de ampliação e as oportunidades para as empresas locais e da região participarem como fornecedores das obras. Inicialmente, o presidente Torquato Ribeiro Pontes Netto saudou a iniciativa da empresa e destacou o empenho da Câmara de Comércio em oportunizar negócios para seus associados e empresários locais. A seguir, o gerente da Unidade Rio Grande, Leonardo Silva, falou que “nossa intenção é mostrar o projeto de ampliação da Yara no município, o que ele representa para Rio Grande e de que forma as empresas da região podem participar. Queremos aproximar a cidade do projeto da Yara”.O gerente de Projetos, Isaías Costa, apresentou o projeto. Informou que hoje a Yara possui três unidades de fertilizantes: a Rio Grande 1, Rio Grande 2 e a Rio Grande 3. A 1 e 2 são unidades da década de 70, que ao longo dos anos passaram por uma série de adequações para acompanhar a evolução do mercado. “Ao longo dos anos elas começaram a ter um nível de degradação alto e ficaram limitadas em termos de tecnologia. Atendemos principalmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e parte do Paraguai. É um mercado crescente que vai demandar o que a Yara não terá condições de entregar em curto prazo. Daí o projeto de consolidação da planta do Rio Grande”, declarou. As fases da obra e os empregosA ampliação da Yara no município consiste na construção de duas linhas de acidulação de rocha fosfática, uma linha de granulação de NPKs, seis novas linhas de mistura e 13 de ensaque de alta tecnologia, dois armazéns de fertilizantes e matérias-primas e área logística de carregamento e distribuição. O projeto terá um prazo de 50 a 52 meses, dividido em três fases. A primeira fase já iniciou. É o projeto de engenharia com a unidade de granulação. A previsão de entrega é meados de 2018. A segunda fase são os armazéns, que já estará em construção ao longo da fase 1, com entrega prevista para meados de 2019. A terceira e última fase será da Unidade Rio Grande 3, com a substituição dos equipamentos existentes por máquinas de alta capacidade de produção e máquinas automáticas de ensaque. A conclusão será em meados de 2020.“Entre fases vamos ter períodos cruzados. Não dependo de terminar uma fase para começar a trabalhar na outra”, explicou Costa: “Não podemos desabastecer o mercado. Então as unidades tem de manter as operações como se nada estivesse acontecendo”. Acrescentou que, “quando finalizado o projeto teremos a circulação de 800 caminhões/dia” e que só a unidade de granulação “equivale à planta da Rio Grande 1. Quase irá dobar a área construída, que hoje é de 93.000 m2 e teremos 450 novos equipamentos nas plantas de processo, granulação e acidulação, sendo 20% deles de médio e grande porte. A potência elétrica instalada irá mais do que dobrar e serão utilizados em torno de 30.000m3 de concreto”.A expectativa é que dentro de três a quatro meses estejam sendo utilizados na obra até 1.100 trabalhadores e a média de trabalhadores nos quatro anos deverá ser de 600 pessoas, fora os empregos indiretos. Em agosto ou setembro será concluída a terraplanagem e, a partir daí, as obras terão início. Empresas da região
Isaías Costa afirmou que serão privilegiados trabalhadores locais e empresas da região como fornecedoras. As empresas que tiverem interesse deverão fazer sua apresentação através do site: [email protected]. Haverá uma pré-seleção, onde as interessadas, após a análise técnica, serão classificadas por grupos de fornecedores e passarão, ainda, por uma análise financeira, trabalhista e de idoneidade.